Os malefícios dos alimentos processados e ultraprocessados
Excesso de sódio, açúcares e gorduras. Essa pode ser uma das definições dos alimentos processados e ultraprocessados. Consumidos em grandes quantidades podem ocasionar sérios problemas de saúde. Além disso, eles também podem afetar o meio ambiente e, portanto, não são relacionados apenas ao aumento de peso, como muitas pessoas pensam.
Alimentos processados e ultraprocessados x saúde
De acordo com o Guia Alimentar para a população brasileira do Ministério da Saúde, alimentos ultraprocessados têm a seguinte definição: “formulações industriais feitas inteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas como petróleo e carvão (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes)”.
Já os alimentos processados são aqueles que são modificados em sua forma original por conta das variedades de processamentos com diversas finalidades. Ainda segundo o Guia Alimentar: “os ingredientes e métodos usados na fabricação de alimentos processados – como conservas de legumes, compota de frutas, queijos e pães – alteram de modo desfavorável a composição nutricional dos alimentos dos quais derivam”. A finalidade das modificações dos alimentos processados é, em sua maioria, torná-los mais agradáveis ao paladar e mais duráveis.
Alimentos processados e ultraprocessados podem causar, se consumidos em grandes proporções, diversos problemas de saúde, dentre os quais:
- Obesidade;
- Diabetes tipo 2;
- Hipertensão;
- Problemas cardíacos;
- Demências;
- Câncer.
Exemplos de alimentos processados e ultraprocessados, respectivamente: conservas em salmoura (como, cenoura, milho, pepino e palmito), carnes defumadas, compotas de frutas e atum em lata, sucos pasteurizados, verduras e legumes congelados, ; biscoitos recheados, pizzas e hambúrgueres congelados, macarrão instantâneo, cereais açucarados, barras de cereal, refrigerantes, salsicha e temperos prontos.
Relação com o meio ambiente
Os alimentos processados e ultraprocessados são potencialmente danosos para o meio ambiente e ameaçam a sustentabilidade do planeta – por conta das embalagens, que em geral não são biodegradáveis, além da demanda por açúcar e óleos vegetais, dentre outras matérias-primas, que envolvem o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos.
O impacto desses alimentos ainda está associado à redução da biodiversidade, comprometimento de reservas de água e energia, dentre outros recursos naturais.
Quais as suas relações com o câncer?
Até 2040 haverá 28,4 milhões de casos de câncer no mundo. O câncer é um amplo conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal das células que formam uma massa denominada de tumor.
Mundialmente, uma em cada seis pessoas morrem por conta de câncer, que é uma das causas principais da mortalidade prematura em diversos países, mais do que problemas cardiovasculares. Desse total, 50% são potencialmente evitáveis se houvesse uma alimentação regular e mais saudável.
É de suma importância para a prevenção do câncer dietas nutricionalmente equilibradas (alimentos in natura) que contenham maior consumo de vegetais e frutas e menor ingestão de carne vermelha, tanto processada quanto não processada, além de evitar outros hábitos como o consumo de álcool e o tabagismo.
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os alimentos ultraprocessados mais consumidos no país são: biscoitos e salgados, frios embutidos, refrigerantes, margarina e pães de pacote. Em grandes quantidades eles causam excesso de calorias, bem como favorece o ganho de peso, sobrepeso e obesidade.
Evite, portanto, alimentos processados e ultraprocessados e garanta uma melhor saúde. Tenha hábitos saudáveis para, dessa forma, ter uma melhor qualidade de vida.