Conheça os diferentes tipos de câncer, seus principais sintomas e formas de tratamento.
Câncer de Próstata
Como tratar o câncer de próstata?
Pacientes com câncer de próstata localizado geralmente tem algumas escolhas de tratamento. Os tratamentos principais são:
- Vigilância ativa: Pacientes que fazem vigilância ativa não fazem o tratamento imediatamente após o diagnóstico, entretanto é necessário acompanhar com exames de rotina regulares para avaliar se o câncer está crescendo. Se confirmado o crescimento neste momento o tratamento deve ser instituído.
- Cirurgia: O câncer de próstata muitas vezes pode ser tratado com cirurgia onde a glândula é completamente retirada.
- Radioterapia: A radioterapia mata as células do câncer. O tratamento é realizado em uma máquina que gira envolta do seu corpo. Uma outra técnica de radioterapia chamada de braquiterapia, envolve a colocação de semente de radioterapia diretamente na próstata, essa opção é reservada para casos de específicos.
- Terapia hormonal: A testosterona, o hormônio masculino, alimenta o câncer de próstata e promove seu crescimento. A terapia hormonal reduz a testosterona e consequentemente leva a redução tumoral. A terapia hormonal pode ser dada por injeções subcutâneas (mensais, trimestrais ou semestrais) ou cirurgicamente através da ressecção dos testículos (glândula maior produtora de testosterona). Na doença localizada a hormonioterapia é usada juntamente com a radioterapia.
- Watchful waiting: Alguns homens mais idosos com muitas comorbidades (outras doenças) podem escolher não seguir com nenhuma das opções acima. Por outro lado eles podem escolher uma estratégia chamada “watchful waiting”. Watchful waiting nao é a mesma cois aque vigilância ativa já que nesta situação exames regulares não são solicitados e o início do tratamento ocorre quando há aparecimento de sintomas.
Como escolher qual o melhor tratamento para você?
Geralmente conversar com seu médico sobre as vantagens e desvantagens de todas as opções é o melhor caminho. O tratamento mais adequado para você depende:
- da extensão do câncer
- idade
- presença de outros problemas de saúde
- como você se sente em relação às opções de tratamento
A visão do paciente em relação a cada tratamento é extremamente importante para tomada de decisão. Os médicos e enfermeiros devem estar cientes da sua posição.
Perguntas importantes que devem ser sempre esclarecidas:
- Quais são os benefícios do tratamento?
- Esse tratamento aumentará minha sobrevida?
- O tratamento reduz e previne sintomas?
- Quais são os benefícios do tratamento?
- O tratamento vai me ajudar a viver mais?
- Ele vai reduzir ou prevenir sintomas?
- Quais são as desvantagens do tratamento?
- Existem outras opções de tratamento?
- O que pode acontecer se eu não seguir com o tratamento?
Ao término do tratamento os pacientes serão acompanhados para identificar se o precocemente caso o câncer retorne ou se apresentou algum crescimento mais rápido. O acompanhamento é feito pelo PSA, exames de imagem e quando necessário biópsias.
Câncer de Bexiga
Após o diagnóstico e estadiamento da doença, chega o momento de decidir a melhor opção de tratamento para cada caso, considerando sempre a localização e tamanho da lesão, o estágio, tipo de tumor, bem como as características particulares de cada paciente.
Em geral, a primeira opção de tratamento costuma ser a cirurgia, que será diferente dependendo de cada caso. Em tumores em fases iniciais, quando não existe invasão da parede da bexiga, normalmente a indicação é de realizar uma raspagem (ressecção transuretral, RTU) da bexiga que remove o tumor sem necessidade de uma incisão cirúrgica já que o aparelho é introduzido através da uretra. De acordo com a extensão do tumor, pode seguir-se um tratamento intravesical, que consiste na injeção de substâncias na bexiga, que podem ser quimioterápicos ou injeção de bacilo de Calmette-Guérin (BCG) para promover a ativação do sistema imunológico a fim de combater as células tumorais.
Nos casos em que há maior comprometimento por parte do tumor, normalmente é indicada a cistectomia radical, removendo o tumor juntamente com toda a bexiga. Nesses casos as vias urinárias são reconstruídas para garantir o fluxo de urina.
Além da opção cirúrgica, também são utilizados métodos de quimioterapia e radioterapia. Esses tratamentos podem ser indicados como métodos complementares a cirurgia, a fim de eliminar quaisquer células neoplásicas remanescentes ou como uma opção ao tratamento cirúrgico, em casos selecionados.
Câncer de Rim
O tratamento para os tumores de rim depende de uma série de fatores, como extensão e localização da lesão, tipo de câncer, além das características individuais de cada paciente. Dependendo do tipo de tumor pode ser indicada a cirurgia de nefrectomia radical, podendo ser por via aberta ou laparoscópica. A cirurgia consiste na retirada do rim, glândula supra renal, seus revestimentos e linfonodos próximos. Sempre que possível opta-se por substituir a nefrectomia radical pela nefrectomia parcial, removendo apenas o tumor e uma pequena porção do rim, sendo um procedimento que permite uma maior preservação da função renal, bastante utilizado em tumores de menor dimensão.
Outros métodos de tratamento dos tumores de rim também incluem a crioterapia ou radiofrequência; ambas têm o objetivo de destruir as células tumorais através do congelamento e emissão de calor, respectivamente. Diferentemente de alguns tipos de tumores, o câncer de rim costuma responder pouco a métodos de quimioterapia e radioterapia após a cirurgia. O tratamento adjuvante é controverso ainda na esfera experimental, a utilização de imunoterapia parece ser uma opção promissora.
O melhor tratamento deve sempre ser planejado em conjunto com o paciente, considerando sua visão a respeito dos procedimentos e respeitando sua vontade e autonomia.
Câncer de Testículo
O tratamento de escolha para os tumores de testículo depende de uma série de fatores, considerando sempre o tamanho, localização e tipo do tumor, além de quadro clínico e idade do paciente. Em geral, a abordagem inicial para esse tipo de tumor é sempre cirúrgica. Em casos de suspeitas de câncer de testículo é realizada a orquiectomia radical, no qual o testículo comprometido pelo tumor é completamente removido pela virilha.
Quando o tumor está restrito ao testículo, normalmente a cirurgia já é suficiente para eliminar o câncer. No entanto, dependendo do tipo e do estágio do tumor, são necessários outros procedimentos como quimioterapia e radioterapia. Em casos de metástases realiza-se a cirurgia para a remoção do tumor primário, e o tratamento complementar envolve a utilização de quimioterapia com combinação de diferentes medicamentos. Em caso de doença persistente, em alguns casos pode ser empregada a remoção cirúrgica dos tumores metastáticos.
Câncer de Pênis
Para decidir o melhor tratamento para o câncer de pênis deve-se levar em consideração uma série de fatores como extensão, localização e tipo de tumor, comprometimento do órgão e de tecidos adjacentes, além das características pessoais de cada paciente. De maneira geral, o tratamento se baseia em três pilares principais, priorizando a preservação do órgão, a manutenção da função sexual sempre que possível e a qualidade de vida do paciente.
Normalmente o tratamento de escolha é o procedimento cirúrgico, que pode variar desde uma circuncisão, quando o tumor está apenas no prepúcio, a uma excisão da lesão juntamente com uma pequena parte de tecido adjacente, e em casos de tumores mais agressivos e profundos é recomendada a penectomia total ou parcial, removendo todo o órgão ou parte dele.
Além disso também são recomendadas sessões de quimioterapia e radioterapia, a fim de reduzir o tamanho do tumor, auxiliando no controle de sintomas e também eliminando as células neoplásicas, aumentando dessa forma a chance de cura.