Câncer de pênis: é raro, mas atente-se aos cuidados
O câncer de pênis é considerado raro, tanto que em 2020, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer, 463 homens foram vítimas da doença. Sua maior incidência é entre os indivíduos com mais de 50 anos de idade, mas pode ser diagnosticado em pessoas mais jovens.
Além disso, no Brasil é mais comum de acontecer nas regiões Norte e Nordeste, muito por conta das baixas condições socioeconômicas. Dos cânceres que atingem os homens, o de pênis representa apenas 2% do total no país.
Sinais e sintomas do câncer de pênis
Alguns fatores estão associados ao câncer de pênis, entre eles, por exemplo, a má higienização, mudança na cor da pele ou prepúcio do órgão, e infecção por HPV (Papilomavírus Humano). Homens que não realizaram a circuncisão – remoção do prepúcio, que é a pele que cobre a glande – têm maiores chances de desenvolver a doença.
O diagnóstico precoce desse câncer, assim como qualquer outro, é fundamental para o seu tratamento. Isso que reduz bastante a possibilidade de amputação total do pênis.
Entre os sintomas estão feridas na região ou úlcera persistente, esmegma (secreção pastosa e esbranquiçada), aumento incomum do tecido da cabeça do pênis, e tumoração no corpo, na glande ou na pele que cobre a cabeça do órgão. Ínguas na virilha e/ou nódulos podem ser sinais de metástase (progressão do câncer).
Como é o diagnóstico
Por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, e da biópsia incisional é possível identificar lesões malignas e benignas com a retirada de um fragmento do tecido do pênis. É importante realizar o exame no estágio inicial da doença ou quando houver suspeitas, pois assim a taxa de cura é bastante alta.
Entretanto, ainda existem casos em que pacientes demoram mais de um ano após verificarem lesões condizentes ao câncer para procurar ajuda, o que pode ocasionar complicações da doença e até levar a pessoa à morte.
Tratamento para o câncer de pênis
Cirurgia, quimioterapia e radioterapia são os principais tratamentos, sendo combinados ou não. Em casos de procedimento cirúrgico, retira-se a parte lesionada (penectomia parcial ou total) associada à linfadenectomia inguinal bilateral com intenção curativa.
Todo o tratamento vai depender da extensão local do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais (ínguas na virilha).
Como prevenir?
Higienização do órgão é um dos principais pontos para a prevenção. Lave-o diariamente com água e sabão e também após relações sexuais, nas quais o uso de preservativo é imprescindível para evitar não só o câncer de pênis, mas também o contágio de doenças sexualmente transmissíveis, como o vírus HPV, que de acordo com a Organização Mundial da Saúde está cada vez mais associado ao câncer de pênis.
A vacina contra HPV está incluída no calendário nacional e é disponibilizada para meninas de 11 a 13 anos. Com esse programa de vacinação, que faz parte da estratégia de saúde pública, os meninos são protegidos indiretamente contra a doença por conta da imunidade coletiva.
No ano de 2022 houve 459 amputações de pênis no Brasil e 1.933 casos. As perdas do membro foram por conta da má higienização do órgão. Os números são da Sociedade Brasileira de Urologia e o Ministério da Saúde.
Atente-se, portanto, aos cuidados para a prevenção do câncer de pênis. Necessita de uma consulta? Agende-a agora mesmo com hora marcada.