Câncer de testículo: saiba como fazer o autoexame
Você sabia que o câncer de testículo pode surgir em homens entre 15 e 50 anos? O descobrimento precoce da doença é determinante para o êxito do tratamento. Por isso é fundamental fazer o autoexame.
O mês de abril – Abril Lilás – é dedicado à conscientização masculina sobre a prevenção do câncer de testículo. Muitas vezes ele pode ser confundido com doenças sexualmente transmissíveis por apresentar sintomas semelhantes.
Fatores de risco e sintomas do câncer de testículo
Homens entre 20 e 40 anos têm maior propensão ao câncer e por conta da vida sexual mais ativa acabam não percebendo o seu surgimento. Sua incidência é de 5% e é considerada rara – seu índice de mortalidade também é baixo.
Por ter uma aceleração rápida, o câncer de testículo em sua maioria é curável, mas quanto antes o seu descobrimento, melhor para o tratamento. Alguns fatores de risco podem aumentar a chance de seu aparecimento, tais como histórico familiar, lesões ou traumas na bolsa escrotal, infertilidade, HIV, criptorquidia (desenvolve-se durante o feto) e síndromes raras como a de Klinefelter.
Sobre sintomas, podemos citar o inchaço ou nódulo no testículo, que são perceptíveis e que podem provocar ou não dor, além de sangue na urina. Por ser reconhecível, é possível iniciar o tratamento precocemente.
Apesar de raro, o crescimento da mama também pode ocorrer. Isso acontece por conta do aumento da secreção do hormônio gonadotrofina coriônica (HCG), que acaba estimulando o seu desenvolvimento. Nesses casos é comum sentir dor ou sensibilidade na região.
Há também a possibilidade de surgimento de sintomas mais graves, como o avanço da doença para os pulmões ocasionando falta de ar, tosse e dores no peito; dor abdominal por conta de metástases no fígado; dores na parte inferior das costas; quando atinge o cérebro há dores de cabeça e confusão.
Como fazer o autoexame
Vale fazer a ressalva de que não é possível ter a confirmação do câncer de testículo com o autoexame. Porém, como as modificações na região são visíveis e notadas ao toque, é possível notar o seu estágio inicial. Nesse cenário, suas chances de cura chegam a 90%.
Para o autoexame, faça-o mensalmente, o melhor momento a é após o banho com o corpo quente, o que facilita o relaxamento do escroto. Na sequência, fique em pé em frente ao espelho e veja se há alguma modificação no tamanho dos testículos, se há dores no abdômen inferior, virilha, testículos, e sensação de peso no escroto.
Utilize as duas mãos em cada um dos testículos, posicionando-os entre os dedos indicador, médio e polegar e os movimente. Pode acontecer, e é normal, de um testículo ser maior do que o outro.
Há outros métodos que podemos usar na detecção do câncer de testículo:
· Ultrassom com doppler: nele é possível verificar a sua existência quando não palpável. Pode haver a possibilidade de ser apenas uma inflamação na região ou torção.
· Exame de sangue: é possível, pois as células cancerígenas atingem o sangue e, assim, determina-se o seu estágio. Os marcadores que confirmam a doença são Beta-hCG, DHL e Alfa-Fetoproteína.
Quando detectado o tumor, há a possibilidade de retirada do testículo lesionado através de cirurgia. Após isso, e com o prosseguimento do tratamento, pode se ter uma vida normal com apenas um testículo, mantendo-se adequados os níveis hormonais.Em casos mais avançados em que são necessárias quimioterapia e radioterapia, as chances de cura são de 75%. Nesse cenário aumentam-se as chances de infertilidade.
Portanto, em quaisquer das ocorrências relacionadas ao câncer de testículo, procure por uma avaliação.