O tratamento intravesical é uma das opções de tratamento mais utilizadas para combater o câncer de bexiga. Essa técnica consiste em injetar medicamentos ou outras substâncias diretamente no interior da bexiga por meio de uma sonda – eles permanecem no órgão por no máximo duas horas.
Dessa maneira, a medicação afeta diretamente as células da parede da bexiga que estão acometidas pelo tumor. Por não atingir as células cancerígenas que se encontram em outras localidades, como no caso da administração de medicamentos via oral ou endovenosa, essa terapêutica é empregada somente para tumores superficiais, que estão localizados apenas nessa região, sem metástase para outros locais.
Como é o tratamento intravesical
A terapia intravesical pode ter sua realização 24 horas após a ressecção transuretral do tumor de bexiga, com o objetivo de destruir todas as células cancerígenas remanescentes. O tratamento é com a administração de quimioterápicos (mitomicina ou gencitabina).
Além desses fármacos, há também a imunoterapia intravesical que aplica a bactéria BCG (Bacilo Calmette-Guerin) na bexiga, a fim de estimular o sistema imunológico nessa região, favorecendo o ataque e destruição das células tumorais pelas próprias células de defesa do organismo.
O tratamento tem recomendação exclusiva para o câncer de bexiga não invasivo:
- Tratamento do câncer de bexiga não invasivo: as células cancerígenas estão contidas apenas no revestimento da bexiga ou são minimamente invasivas – estágio 0 e I, respectivamente. Esse tipo de câncer não se dissemina para as camadas mais profundas da bexiga e nem para outras partes do corpo. A terapia intravesical com BCG ou quimioterapia é frequentemente utilizada de forma complementar à ressecção transuretral e tem como objetivo reduzir a recorrência da doença. O tratamento intravesical atua nas células que revestem o interior da bexiga, não tendo nenhum efeito nas células cancerígenas de outras regiões do corpo.
- Tratamento do câncer de bexiga invasivo: aqui estão os tipos de câncer que estão em estágio de II a IV. Disseminam-se além da camada de revestimento da parede da bexiga. A terapia intravesical não tem papel neste cenário, usualmente o tratamento inclui quimioterapia sistêmica, bem como radioterapia e/ou cirurgia
Tipos de terapia intravesical
Falamos acima da BCG (imunoterapia), que é a terapia intravesical mais eficaz para o tratamento de câncer de bexiga em seu estágio inicial (superficial). A vacina tem administração direta na região por meio de um cateter. Dentre os seus efeitos colaterais, estão, por exemplo: febre, calafrios, fadiga, gripe, vontade de urinar com bastante frequência (polaciúria) e ardência ao urinar (disúria).
Uma alternativa à imunoterapia intravesical, que faz com que o sistema imunológico ataque as células cancerígenas, é a quimioterapia intravesical, como a mitomicina, gencitabina, tendo administração na bexiga com um cateter fazendo com que as células cancerígenas sejam destruídas. Essa opção tem como efeitos colaterais sangue na urina (hematúria), bem como sensação de queimação/ ardência ao urinar (disúria).
A melhor opção de tratamento terá sempre a validação do médico responsável, juntamente com o plano terapêutico traçado em conjunto com o paciente, respeitando sua vontade. Por fim, caso necessite, agende sua consulta com hora marcada!
