Câncer de bexiga: fatores de risco, sintomas, prevenção e tratamento
O câncer na bexiga tem uma maior probabilidade de afetar mais homens do que mulheres e com faixa etária entre 60 e 70 anos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 10 mil novos casos são diagnosticados a cada ano no país. Pessoas brancas têm duas vezes mais chances de terem a doença do que as negras.
Ainda segundo o Inca, em 2022 foram registrados 11.370 novos casos, sendo 7.870 homens e 3.500 mulheres. No mundo, anualmente, o número é de 430 mil. Numa classificação entre os homens, o câncer de bexiga aparece na quarta posição, atrás do de próstata, pulmão e colorretal.
Fatores de risco e sintomas do câncer de bexiga
O fator tabagismo está totalmente ligado ao câncer, pois o hábito aumenta as chances do diagnóstico positivo da doença em 50% a 70%. As substâncias tóxicas do cigarro são eliminadas pelos rins, agredindo também os órgãos do aparelho urinário. A exposição a matérias químicas como benzeno, benzidina, azocorantes e aminas aromáticas e a derivados do petróleo também elevam o risco.
Vontade de urinar, mas sem conseguir, e sangue ou urina escura podem ser sinais do câncer de bexiga. Porém, tais sintomas podem estar relacionados a outros problemas no aparelho urinário. Por isso, é importante sempre consultar um médico especialista, ainda mais pelo fato do câncer poder ser assintomático em seu estágio inicial.
O câncer de bexiga é divido em três tipos: carcinoma de células de transição, que representa a maior parte dos diagnósticos; carcinoma de células escamosas, e adenocarcinoma.
Ele pode ser invasivo, que é quando começa nas células de transição, invade a parede muscular e se espalha por outros órgãos ou gânglios linfáticos; ou superficial, que é quando o câncer se limita ao tecido que reveste a bexiga.
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Prevenção e tratamento
Hábitos saudáveis não previnem nenhum tipo de câncer, mas ajudam a reduzir os riscos. Portanto, adote uma alimentação balanceada, com o consumo de frutas e verduras, beba bastante líquido, principalmente água, não fume e evite o tabagismo (também passivo). Não se exponha a substâncias químicas, não consuma em excesso gordura de origem animal e controle o seu peso. Medicamentos ou suplementos fitoterápicos estão associados a maiores probabilidades de câncer de bexiga. Genética e histórico familiar são fatores de risco que não há como alterar.
O diagnóstico é através de exames de urina e de imagem – tomografia e cistoscopia. O tratamento vai de acordo com o grau de evolução da doença. Em casos em que o câncer de bexiga encontra-se em seu estágio inicial, a cirurgia é para a remoção total do tumor. Já quando há o crescimento anormal do número de células, o tratamento intensivo é o mais indicado, com cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
A remoção parcial (cistectomia parcial) ou total da bexiga (cistectomia radical) e sua reconstrução acontece quando há casos em que o tumor é maligno. Ainda é possível a ressecção transuretral, que é a remoção do tumor por via uretral. O procedimento é robótico e é minimamente invasivo.
Procure por um especialista em casos de sintomas relacionados ao câncer de bexiga. Agende uma consulta.